terça-feira, 18 de maio de 2010

O brincar: Ontem e hoje


Atualmente o tempo livre das crianças é passado de forma estática frente ao televisor, em jogos no computador ou em consolas, como a Play Station.
Sem dúvida que os tempos, os contextos e os meios são outros, mas desde logo há uma ideia base que ressalta: As crianças de agora tendem a passar os tempos livres em situações de isolamento, com todos os inconvenientes, não só em casa, como até nos ambientes do recreio na escola. Os brinquedos atuais, os telemóveis e afins, confina-os a esse auto isolamento porque pela sua natureza não são propriamente brinquedos de partilha ou de conjunto.
As emoções são assim individualizadas e pouco exteriorizadas, ao contrario de dez, quinze ou há vinte e cinco anos a trás, as crianças brincavam sobretudo em conjunto, praticando jogos que requeriam precisamente essa componente de equipe. Frequentemente, as brincadeiras e os jogos implicavam a disputa, o desafio constante de se levar a melhor sobre os outros e a superação sobre si próprio, comportando na sua maioria um forte componente lúdico mas também desportiva. O exercício físico estava assim presente na maior parte das brincadeiras. As corridas, os saltos, a perícia e até mesmo os exercícios mentais, estavam omnipresentes em todos os momentos de brincadeira, tanto no recreio da escola, como nos restantes tempos livros.Muitos dos brinquedos eram construídos pelas próprias crianças, incluindo todo um processo de imaginação e destreza.Hoje as crianças, fora do contexto escolar, quase não tem amigos ou colegas de brincadeira. Até mesmo em ambientes pouco urbanos, as crianças quase não têm vizinhos. Outrora, a rua era um dos palcos da brincadeiras. Hoje, pelos piores motivos relacionam a insegurança, ninguém permite que o filho brinque na rua, mesmo que em frente da casa. Para além do mais, hoje a maior parte das crianças são filhos únicos,mas as vezes em alguns casos nem com os próprios irmãos é complementada a partilha dos jogos e emoções das brincadeiras. Hoje em algumas casas cada um membro da família possui uma TV no quarto e nem em frente a ela é possível compartilhar um ambiente de companheirismo sádio.

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